quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Apnéia noturna.

Ocaso de ócios...
De ódios em vícios diluídos.
Roendo os olhos coagulados...
Lambendo o sexo,na parede dos ouvidos.
Língua amanhecida de amarguras,
mandibulas mastigando  magoas 
e cuspindo  loucuras.
Insônias sonambulas entorpecendo...
Damas-da-noite.
No jardim onífero das tarântulas...
Soa o açoite.
Travesseiro desassossegado...
 Por penas e penumbras.
Quem vos tripula?
As angustias estão nos dedos,
nos dentes os medos...
A dor estrangula!
Quem nos tripula?
Ar noturno e frio...
Penetra o corpo vazio.
As dores não morrem ,
apenas dormem.
Consomem-se carne insone e cio.
Quem vos tripula?
Quem vos habita?
Quem manipula?
Abre de vez essa boca maldita!!!


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mônada.

Falo 
desse falo
como quem fala...
Como quem sofre
falência múltipla. 
Como quem funde,
como quem fura,
como quem fode!
Libido de bode...
Vê se pode?!
De fato, fico fadada 
a fusão felina
da feminilidade
de toda fêmea
VONTADE.

Serendip

Sou um enigma 
a procura de uma esfinge...
Que me devore!
                Sei de Solidões incomensuravéis ...
ébria solidão de frágeis astros.
Cem asas...
Sigo serpenteando minha orbita...
Mórbida.
Sacudo a calda...
Sinto o sangue frio e seco.
Poeira do cosmos...
Nossos rastros.
Coluna de ossos e aguas...
Remorsos e magoas!
Sigo a escuridão...
Abismo de profundas aguas...
Angustias que choro.
Cega sigo sozinha...Enigma.
Sou o som rasgado de ventre vivo!
Gravidade!
Sinto o frio calor de uma luz...
Me cego mais ainda de ilusão...
Pura,em carne esquecida,me apavoro!!!
Me reencontro...Esfinge.
__E logo...Me devoro!!!